terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Rubi


Lança que sangra na empunhadura,
não pela ponta, mas pelos dedos.

Preciso ser salva,
mais que ser salvação.

Não há estrutura para segurar o mundo,
com mãos tão frágeis.

Sou pequena demais,
para caber em tão grandiosos papéis.

Quero pilares,
passos e mãos firmes.

Palavras de rocha,
olhares de fogo imperecível.

Não abro o peito,
rosas têm muitos espinhos.

Deixe o vermelho das pétalas,
dê-me o branco da paz.
Licença Creative Commons
This work by Sueysa de Andrade Pittigliani is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported License.
Based on a work at sukapitt.blogspot.com.