sábado, 22 de julho de 2006

Egrégora

Brancura pura ou vazia escuridão A luz quente do sol ou o brilho frio da lua Para qual caminho minha alma confrangida ondula? Se hora ouço choro puro e doce E outrora risada escarnecedora e obscura Para qual inclinar-me estendendo a mão? A paz da alegria cintilante e falsa Ou a dor triste e verdadeira da amargura? Se sinto a corroer-me as vísceras A fome insaciável da loucura Que o dia morra para que a noite, pelo céu negro escorra Que eu agonize solitária apodrecendo em minha masmorra Aprisionada pela força da não vontade Pois que seria eu? Bela criatura de face sedutora, ou horrenda miserável consumida pela vaidade? Pouco importa, tal dilema é inútil Já que assim levamos todos esta vida fútil De aparências, orgulho e mediocridade Se um dia toda a massa incrédula, se decomporá sem trégua Perdida nas profundezas de uma egrégora da verdade.

sábado, 25 de fevereiro de 2006

É Carnaval!!!

Quem precisa de mais alguma coisa? É carnaval... Quem precisa de respostas? Quem precisa de dinheiro? Quem precisa de amigos? Quem precisa de alguém? Quem precisa de realizações? Quem precisa de família? Quem precisa entender? Quem precisa ser mais feliz? Quem precisa saber? Quem precisa esqueçer? Quem precisa lembrar? Quem precisa aliviar a dor? Quem precisa de tempo? Quem precisa sentir? Quem precisa viver? Quem precisa? É carnaval, quinta-feira eu penso nisso...

sábado, 7 de janeiro de 2006

Circulos e teias

A mesma dor que lhe aguiloa me atormenta, A falta de cor no teu olhar me entristece, Estamos presos na mesma teia, Nada parece mudar, Eu busco as respostas, mas nem sei onde as buscar, Ninguém pode ser culpado, nem a vida, nem o destino, Ninguém está fadado, mas mesmo assim estamos presos nesta teia, Se pudesses me ouvir, Se eu pudesse lhe falar, Não precisa chover o tempo todo, Será que eu tenho culpa?, Segure minhas mãos. Segure minhas mãos e me eleve, queria poder te resgatar, Não sei o que queria, Sei apenas dessa prisão, Desse ritmo, destas cenas repetidas, desses círculos nos quais tenho andado, E nem sei se te encontro, nem sei se me encontro, Só sei que eu tento, eu tento respirar, eu tento abrir os olhos, eu tento. Mas a cor cinza em teu olhar sempre pesa em minha consciência dilacerada. E ela me tortura . Como eu queria te colorir, como queria te apagar... Como eu queria...
Dúvida.
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