sábado, 5 de janeiro de 2008

Fronteiras


E foi isto que aconteceu.
Foi assim que me senti.
Sozinha, lá no meio da noite, do dia, das tardes.
Perdida em uma ilha, vendo distantes terras floridas,
O verde e o azul se encontrando, a prata e o ouro se entremeando.
Fantasiando, almejando sublimidades que nem sei se existem.
Gostaria que existissem.
Poder tocar a lua, e não mais planear.
No entanto deixei que morressem com o sol as minhas canções.
Via o Éden, por trás dos meus olhos,
Mas poderia ser qualquer outra coisa.
Tudo pode ser miragem, se não há provas concretas.
Afinal, os olhos são meus, as mãos e a boca também.
Posso ludibriar meus sentidos com o torpor dos meus sonhos.
E sair andando a esmo com os pés descalços.
Até poderia, se percebesse que existe o que vejo em meu imaginário.
Como estar certo de que algo é real?
Não é coragem que me falta, é ciência.
Eu consigo, se souber que é verdade.
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