sábado, 22 de julho de 2006

Egrégora

Brancura pura ou vazia escuridão A luz quente do sol ou o brilho frio da lua Para qual caminho minha alma confrangida ondula? Se hora ouço choro puro e doce E outrora risada escarnecedora e obscura Para qual inclinar-me estendendo a mão? A paz da alegria cintilante e falsa Ou a dor triste e verdadeira da amargura? Se sinto a corroer-me as vísceras A fome insaciável da loucura Que o dia morra para que a noite, pelo céu negro escorra Que eu agonize solitária apodrecendo em minha masmorra Aprisionada pela força da não vontade Pois que seria eu? Bela criatura de face sedutora, ou horrenda miserável consumida pela vaidade? Pouco importa, tal dilema é inútil Já que assim levamos todos esta vida fútil De aparências, orgulho e mediocridade Se um dia toda a massa incrédula, se decomporá sem trégua Perdida nas profundezas de uma egrégora da verdade.

3 comentários:

O empírico disse...

Eita! Que atraso, hein...

,mas voltou, e muito bem por sinal...

Beijão!

Rebeca dos Anjos disse...

Menina!

Que texto forte!!!!!!!! Mexeu aqui dentro, viu???

Saudades de vc!

Beijos! E vê se escreve mais, hein!

Vortex Project disse...

Gótica!
Preciso da sua ajuda!
Um bocado de sua bela voz para algumas experiências sonoras ...
bj.

t0t4l
(rato)

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