domingo, 12 de abril de 2009

Prata


Hoje a chuva escura parou
Prateou
Porque eu pude falar com as nuvens
E elas me fizeram acreditar que eu posso
Quando as respostas são sonhadas
Mesmo quando não se espera
Um pequeno raio de luz entra pela janela
Atravessa as folhas das árvores e penetra na escuridão densa
E se for somente em sonhos que existe a perfeição
Quero acreditar que sonhos se realizam
Mas acima de tudo quero a realidade onírica de tocar os céus
Quero sim
Quero tudo isso, que sei que existe
E nem tenho medo de me cortar
Porque não vou sentir os espinhos rasgando minha pele no caminho se sei bem qual é o gosto
E eu sei
E depois
Depois deixa os sorrisos frouxos correrem
Deixa os desenhos tomarem forma, ficarem táteis
Deixa o mundo de palavras escorrer pelos lábios, doces
Quero pés descalços e calor nos poros
Deixa-me entrar
Deixa que caiam por terra os impedimentos e os medos, felicidade
Deixe a porta aberta
Porque eu quero chegar e me aconchegar em seu colo
Do jeito que foi, quando meus olhos estavam cerrados
E o céu ainda clareava

Um comentário:

O empírico disse...

Pois que o importante era o tentar...

Chegar era discussão pra outra mesa de cerveja.

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