Tinha febre
De se atirar ao furacão
Lábios rachados e trêmulos
Os poros insones
Dormir no turbilhão
Acordar cada manhã
Em algum outro lugar
Tinha febre
Nos braços do ciclone
Olhava para cima e via seus pés
Rasgava-lhe a roupa e todos
Os poros insones
Fere, arde
Je suis la et ailleurs
Frio, doce, calor
Mea culpa
De flor se abrir á força
Deitou-se às cinzas
Desflorada, deflorada
Fere, arde
Acre, sibila, escoa, corta
Agoniza, dedos esticados
Intangíveis, tocam-se
Mea culpa
Um comentário:
Febre que arde. Alucinações que encantam.
Fortíssimo este poema, Su!!!
Beijo grande!
Postar um comentário