quinta-feira, 28 de junho de 2007

Fez calar


Este silêncio cortante que responde como eco,
É areia fina soprando em meus olhos.
Insiste em se pronunciar a todo o momento:
Silêncio. Silêncio.
Este silêncio ante as frases incertas,
Nunca quis perturbar equilíbrios.
Silêncio que permanece,
Em cada esquina virada,
Em todo canto.
Sibilando ao transcorrer de cada nascer e morrer do sol.
Sussurrando às minhas passadas nas ruas molhadas pela chuva.
Chove em mim este silêncio,
Que persiste, emudece as palavras.
Confunde as idéias.
E á noite, quando a lua sobe crescente de prata,
Lá na cúpula de estrelas reluzentes,
No céu de minha boca,
Calo-me em silêncio.

3 comentários:

Rebeca dos Anjos disse...

Esse silêncio que perturba a alma de tal forma que a obriga a encontrar o centro, um ponto de equilíbrio (dinâmico).

Eu quase corro do silêncio. Ele traz muitas perguntas que nunca são respondidas. Acho que fazer a vida tem mais a ver com meu pouco conhecimento sobre mim mesma, rs!

Dizem que os sábios falam pouco...

Beijos, Linda! Saudade grandona de vc!

[...] disse...

Cada fez melhor!
Mas eu sempre soube, sorte minha!

[...] disse...

Digitei errado, mas não é que saiu legal!

Licença Creative Commons
This work by Sueysa de Andrade Pittigliani is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported License.
Based on a work at sukapitt.blogspot.com.